16 de jan. de 2012

Resenha - O Nome do Vento

O Nome do Vento
Patrick Rothfuss
Editora Sextante

Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

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Tudo começa com um Cronista chegando a Pousada Marco do Percurso. Ele quer saber a verdadeira história de Kvothe.
Depois de muita insistência da parte do Cronista, Kvothe finalmente cede, e resolve contar sua passagem pelo mundo.
De um Edena Ruh, filho de artistas de uma trupe, até estudante da Universidade, a vida de Kvothe não é fácil. Ele passa por vários infortúnios na vida e precisa superar todos eles.
O maior de todos é a morte de sua família e amigos. Mortos pelo Chandriano.
"Quando na lareira azula o fogo,
O que fazer? O que fazer?
Correr para fora e se esconder.
Se a luzente espada enferrujar,
Em quem confiar? em que confiar?
Sozinho permaneça; como pedra, enrijeça.
Vês a mulher de neve caiada?
Silente vem e sai calada.
Qual é o seu plano? Qual é o seu plano?
Chandriano. Chandriano."
Página 511.
Desde então ele dedica sua vida para conseguir entrar na faculdade e descobrir mais sobre o assassino de seus pais.
Ele consegue descobrir a verdade?
Qual será o destino de Kvothe?
Descubra lendo O Nome do Vento.

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O tamanho assusta, mas vale cada ponto, vírgula, letra, página, capítulo lidos.
Eu não esperava que uma cara como Patrick Rothfuss pudesse me encantar com tanta facilidade. Ele criou um mundo totalmente novo e um personagem principal apaixonante do início ao fim.
A história de vida de Kvothe não é nenhum conto de fadas. Se você espera romances de ter um infarto e cair da cama, cadeira, sofá, etc., esse não é um livro para você.
Fala da superação de um menino que acabou de perder todos que amava e precisa sobreviver em uma cidade onde a compaixão e o amor ao próximo são palavras que não estão no dicionário da maioria das pessoas.
Eu imagino que esse livro tenha sido difícil de escrever, porque em alguns capítulos é narrado em terceira pessoa, quando Kvothe não está contanto sua história. E na maior parte do livro, durante a história de vida de Kvothe está em primeira pessoa. Se o autor não for bem atento mistura tudo. =P
Geralmente não coloco fotos na resenha, mas Kvothe merece.
Não posso dizer que a leitura foi rápida do início ao fim, porque não foi bem isso que aconteceu. Nas primeiras sessenta páginas eu estava lendo só porque eu precisava ler, estava gostando, mas a leitura era arrastada. Você demora um tempo para se acostumar com o ritmo da história. Demorei muito tempo, bem mais do que de costume para terminar. Se não me engano foram duas semanas. Mas a letra desse livro é menor do que o normal. Eu geralmente leio cem páginas em duas horas. Mas não aconteceu isso com O Nome do Vento. Acho que lida cinquenta páginas em duas horas. Mas são duas horas de leitura prazerosa.
Depois das sessenta primeiras páginas eu não via a hora de voltar para o meu lindo Kvothe. Ficava ansiosa para chegar a noite e abrir o livro. Virei madrugadas suspirando a cada fala de Kvothe. Tinha vontade de bater no personagem principal a cada burrada que ele fazia. E vontade de espancar Ambrose a cada coisa maldosa que ele fazia ou pensava sobre o meu Kvothe.
O Nome do Vento é um livro épico. Não é para corações fracos. E Kvothe muito menos. Posso dizer que Kvothe é meu novo Literary crush.
"O homem tinha cabelos ruivos de verdade, vermelhos como a chama. Seus olhos eram escuros e distantes, e ele se movia com a serenidade cansada de quem conhece muitas coisas.
Dele era a Pousada Marco do Percurso, como dele era também o terceiro silêncio. Era apropriado que assim fosse, pois esse era o maior silêncio dos três, englobando os outros dentro de si. Era profundo e amplo como o fim do outono. Pesado como um pedregulho alisado pelo rio. Era o som paciente - som de flor colhida - do homem que espera a morte."
Página 648.
Como sempre os livros da Sextante/Arqueiro são muito bem revisados. É difícil, quase impossível encontrar erros de digitação ou gramática, apesar de que O Nome do Vento é um livro mais antigo e está na antiga ortografia, mas não interfere em nada na leitura.
Além disso preciso destacar que a capa desse livro é linda, linda, linda, linda. O que me conquistou em primeiro lugar foi a capa. Apesar de que o subtítulo desse livro não tem nenhum sentindo nesse livro, é explicado no segundo.
Os personagens são muito bem trabalhados ao longo do livro. Temos o vilão, Ambrose. Chato, aquele tipo de personagem que você tem vontade de espancar.
Simmon e Wilen melhores amigos de nosso meu Kvothe. São muito felizes, por falta de palavra melhor.
Denna. Eu não consigo descreve-la. Ela é como um animal, que foge quando pressionado. Acho que é o melhor que posso fazer. Sorry!
E contamos também com os professores da Universidade. Não consigo escolher meu favorito então vou citar os que mais gosto: Kilvin, Elxa Dal, Elodin, Arwyl e Lorren. São os mais legais. Eu não reclamaria de ter aulas com os quatro.
E como sempre temos o professor chato, Hemme. Ele implica com Kvothe desde o início. E tem um aliado, Brandeur. Ele está mais para Maria-vai-com-as-outras do que tudo. Acho que não falou nem uma frase durante o livro.
Apenas me arrependo em uma coisa sobre a leitura desse livro: não ter começado bem antes.

Nota:


2 comentários:

  1. Nossa, que resenha maravilhosa.
    A capa tmb me encanta, amei a foto do Kvothe!
    Quero ler logo!!!
    bjs

    Jack
    www.mybooklit.blogspot.com

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  2. Nathi, eu ainda estou lendo o livro, mas estou amando cada página *-* O livro é maravilhoso \o/

    Beijos,
    Nanie - Nanie's World

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