15 de mai. de 2012

Resenha - Pollyanna



Pollyanna
Eleanor H. Porter
Editora Martin Claret

Sinopse: Pollyanna é uma história sobre o amor, a amizade e, sobretudo, sobre o surpreendente poder de transformação que as crianças e os adolescentes podem ter sem que percebam.
Uma otimista incurável, Pollyanna não aceita justificativas para a tristeza e dedica-se com afinco a ensinar a todos o caminho de superação das adversidades.
A obra é um clássico da literatura infanto-juvenil. Escrita em 1912, foi inicialmente publicada em capítulos no jornal Christian Herald, de Boston. Ganhou forma de livro em 1913 e de imediato tornou-se um best-seller.
Traduzida em quase todas as línguas, nunca mais parou de ser lida. Levada às telas pela primeira vez em 1920, foi refilmada muitas vezes, inclusive pelos estúdios Disney.


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Há alguns anos, provavelmente 7, fui a biblioteca da minha escola e entre as opções de leitura sobre a mesa se encontrava Pollyanna. Talvez desprezado por sua "grossura" - levando em conta que na época tínhamos 7 anos de idade - a capa do livro me chamou atenção e resolvi levá-lo para casa.
Não lembro em quanto tempo li, na época não era uma leitora considerada exemplar. Mas, o que importa é: foi o primeiro livro que me fez chorar. Realmente Pollyanna é um livro emociante.

"- Bem, começamos com um par de muletas que veio em um barril dos missionários.
- Muletas?
- Sim. Sabe, eu queria uma boneca, e meu pai havia escrito pedindo que mandassem, mas quando o barril chegou, não havia bonecas, e sim um par de pequenas muletas. Acharam que poderiam ser úteis para alguma criança. Foi aí que começamos tudo.
- Bem, não entendo como é este jogo... - disse Nancy, quase exasperada.
- Bem, o jogo era encontrar um motivo para ficar contente com todas as coisa, não importa o que fossem. E começamos ali mesmo... com as muletas."
Páginas 38 e 39.

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Em um primeiro momento somos apresentados à Pollyanna. Ela acaba de perder o pai e já não tem a mãe há um bom tempo, e também não possui irmãos. Sua única parente viva é um tia, um tanto quanto rabugenta, que vive na cidade natal de sua mãe.
As Auxiliadoras não têm outro recurso, senão enviar Pollyanna para morar com a tia. Miss Polly, por sua vez está apenas cumprindo seu dever.
Mas Pollyanna não é uma jovem comum. Como diria Nancy, a empregada de Miss Polly, "essa criança é um anjo enviado pelo céu." E ao longo do livro percebemos que é verdade.
Apesar de seu clássico não é mais um desses clássico muiiiito chatos que você lê obrigado e acaba odiando. Pollyanna consegue nos conquistar com sua maneira contente de encarar a vida.
Talvez você esteja se perguntando por que esse livro me fez chorar. Bem, eu vou lhe dizer, sem spoiler, é claro. Quase no finalzinho do livro acontece uma coisa muiiiiito triste, e Pollyanna prova que com força de vontade e alegria você pode superara qualquer obstáculo que a vida colocar no seu caminho. Mas Eleanor conta esse momento de uma forma tão perfeita que é impossível não chorar. :')
Tia Polly ou Miss Polly, no início mostrasse relutante quanto a adoção da menina, afinal está sozinha há muitos anos, apenas tendo os empregados como companhia. Não se casou, não teve filhos, e todos os irmãos, os pais morrem, já estava habituada à solidão. Por isso tratava a menina mal, a ponto de colocá-la em um quarto no sótão, sem quadros, cortinas ou tapetes, itens que Pollyanna tanto adorava.
Nancy, a empregada da casa não gosta muito de seu emprego até a chegada de Pollyanna, afinal sua patroa não é o que podemos chamar de doce de pessoa. Só mantem o emprego porque precisa do dinheiro para sustentar sua mãe e seus irmãos.
Tom, o jardineiro trabalha na casa há muitos anos, antes mesmo da mãe de Pollyanna se casar e mudar-se. Apesar de velho, tem boa memória e faz seu trabalho de boa vontade e guarda alguns segredos envolvendo Miss Polly e sua irmã.
Além de Pollyanna com sua perseverança diante dos momentos difíceis da vida, o meu personagem favorito é O homem. É assim que nossa protagonista o chama antes de conhece-lo. Na verdade seu nome é Mr. John Pendleton. Bastante rabugento no início, mostrasse bem diferente ao longo da narrativa.

"- Boa tarde - cumprimentou ele, com certa rigidez. - Talvez seja melhor eu dizer logo que o sol está brilhando hoje.
- Mas não precisa me dizer isso. Eu percebi que o senhor sabia assim que o vi."
Página 62.

A leitura flui muito bem. A Editora Martin Claret está de parabéns nos quesitos capa, revisão e diagramação. Apesar de uma diagramação simples, está muito bem feita, o que conta pontos na nota final do livro. Além disso a revisão está perfeita, não encontrei nem um errinho de gramática.

E mais uma vez eu digo: Nem todos os clássicos são chatos. :)


Nota:



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