21 de mai. de 2012

Resenha - A Linguagem das flores

A linguagem das flores
Vanessa Diffenbaugh
Editora Arqueiro

Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.

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Os livros mais próximos do assunto flores que eu já li até hoje foram os da série Os Imortais da Alyson Nöel. Essa série fala apenas da relação da tulipa e seu significado, com o amor de Damen e Ever. Mas, A linguagem das flores é completa e totalmente diferente disso.
Depois de passar por várias tentativas de adoção frustradas, a assistente social de Victoria não tem outra opção a não ser mandá-la para instituições diferentes ao longo dos anos até que seu aniversário de 18 ano chegue e ela possa ser emancipada;
Talvez porque Victoria ser muito arisca demais, mas sempre que Meredith, sua assistente social, tentava lhe arrumar uma nova casa e uma nova família, não dava certo. Victoria jogou fora sua última chance de ser amada.
Vanessa Diffenbaugh intercala a história do livro entre o presente e o que aconteceu na última tentativa de adoção. No início, o passado de Victoria é uma grande incógnita na trama, mas com o tempo, tudo nos é revelado, e devo admitir que não era o que eu esperava.

"Durante oito anos, sonhei com fogo. Árvores se incendiavam quando eu passava por elas, oceanos ardiam em chamas. A fumaça adocicada impregnava meus cabelos enquanto eu dormia e, quando eu despertava, o amora permanecia em meu travesseiro como uma nuvem."
Página 10.

Eu confesso que senti falta de uma descrição melhor do personagem masculino do romance central do livro. Talvez porque o foco do livro seja as flores, mas ele aparece muito pouco, apesar de ter um papel significativo para o futuro de nossa protagonista.
Como eu disse anteriormente, o foco da narrativa é o que as flores realmente significam. Não são apenas bons presentes quando não se sabe o que dar para alguém. Por trás da beleza de suas pétalas se esconde um significado nem sempre bom. 
Essa linguagem surgiu na Era Vitoriana, quando casais que foram proibidos de ser encontrar, utilizavam as flores para ser comunicar. Existem flores com significados mais diversos; desde "Você está prestes a cair em uma armadilha" (Dracena) até "Você me mata com seu olhar de desdém" (Groselheira).

"Ela colocou na minha frente um livro chamado Casamentos com girassóis. Pensei em um subtítulo apropriado: Como iniciar um casamento com base nos valores da mentira e do materialismo."
Página 45.

O livro é dividido em quatro partes: Parte 1 - Cardo; Parte 2 - Um coração inexperiente; Parte 3 - Musgo; Parte 4 - Recomeços. Eu eu já aviso, pode parecer meio sem importância, mas é um daqueles detalhes, que depois que passa você fica meio: "Como eu não pensei nisso antes?". Eu tive a impressão de que a autora pensou em cada detalhe.
A leitura é rápida e flui bem. Eu nunca consegui "ler apenas um capítulo". Quando eu percebia eu já estava no terceiro ou quarto capítulo.
Apesar de bastante arisca, Victoria me conquistou facilmente. Um tanto quanto desvairada em alguns momentos, suas atitudes não era bem planejadas. 
Excluindo nossa personagem principal, eu também gostei bastante de Renata. Ela foi a primeira pessoa a estender a mão para Victoria em um momento de necessidade. Durante algumas partes do livro ela acaba salvando Victoria.
O final do livro foi satisfatório, mas deixou um gancho para, quem sabe um segundo volume, contando o futuro de Victoria depois dos acontecimentos finais do livro.

A linguagem das flores prova que o perdão de mãe é incondicional, e não é preciso gerar um filho para amá-lo. É um livro bastante tocante.

Nota:



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