3 de set. de 2013

Resenha - Pandemônio

Pandemônio

Lauren Oliver

Essa resenha não contem spoilers do primeiro livro - resenha de Delírio.
Editora: Intrínseca
Ano de Publicação: 2013
Tradutor: Regiane Winarski
ISBN: 9788580573138
N° de páginas: 300
Comprar: Siciliano/Saraiva
Nota: ♥♥♥♥♥ (6/5 - favorito)

Sinopse:
Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.
Não estava nos meus planos ler Pandemônio, tanto é que eu nem tenho o livro - li emprestado, porque meu aniversário já foi e eu já me dei meu presente, o que é uma outra história que não vem ao caso no momento - mas há exatamente uma semana a Joana me colocou doida, e enquanto eu não consegui emprestado e comecei a ler, eu não sosseguei. E quando finalizei a leitura, a adrenalina ainda corria pelas veias.

Aquela minha velha mania de ler a última página do livro ainda persiste, então eu já sabia o maior spoiler enquanto não estava nem na metade da metade. Claro, estraguei um pouco o choque do final, mas nem por isso Pandemônio deixou de ser tão emocionante e épico quanto eu pensava que seria. O que torna ainda mais frustante saber que o final de Requiem - o terceiro e último livro da trilogia - de acordo com a maior parte da internet, é ruim - ou BLERG como a própria Joana afirmou.

Mas, de qualquer forma, essa constatação não desmerece o quão maravilhosamente perfeito Pandemônio é. Não consegui parar de ler enquanto não cheguei à última página. E quando cheguei quase rasquei o livro - que não era meu - em mil pedacinhos. O final é tão frustrante porque é como se fosse o clímax e então... NADA!

Se você não acredita no amor deliria nervosa vai mudar de ideia assim que terminar de ler Pandemônio. Com um final que não pode ser definido com nada mais do que "WTF, cadê o resto?!" e "OMG! Posso chorar?!", personagens mais do que envolventes e uma constante briga mental entre amar Julian ou Alex.

Nesse livro, temos a oportunidade de conhecer o outro lado do governo. Se em Delírio descobrimos uma sociedade nova onde todos acreditam que o amor é uma doença, em Pandemônio, podemos conhecer quem está por trás do movimento de erradicação da mesma, ou mais especificamente, o rosto da ASD - America sem deliria -, Julian. Acostumado com a vida luxuosa da elite, é perceptível a diferença entre ele e Alex. Mas nem por isso é mais fácil não se apaixonar por ele. 

O segundo livro da trilogia trata simplesmente das consequências das cenas finais de Delírio. Dividido entre "agora" e "antes"; onde Lena está na Selva, tendo que sobreviver em meio a um turbilhão de desventuras e uma Lena já reintegrada à sociedade, respectivamente. Em ambas as partes é possível sentir o amadurecimento da personagem. Como ela deixou de ser apenas mais uma marionete do governo e passou a pensar por si própria. Em uma vida completamente nova, Lena só tem duas opções: se adapta ou morre.

"O sofrimento é como afundar, como ser enterrada. Estou imersa em uma água marrom, cor de terra remexida. Cada respiração é um engasgar sem fim. Não há nada em que me segurar, nenhuma margem, nada em que eu possa me agarrar para emergir. Não há nada a fazer a não ser se entregar."
Página 42.
Doses de frustração e adrenalina misturadas não poderiam resultar em nada menos do que um livro cinco estrelas e favorito para todo sempre. Apesar de sentir o medo pairando ao redor da minha cabeça quando penso em Requiem, posso afirmar que até agora, Pandemônio é o melhor livro entre os dois primeiros.


Um comentário:

  1. Eu ainda não li o primeiro, por issoli a resenha meio por cima, eu não sei o que pensar dessa série, eu tenho o primeiro volume, mas tenho um pé atrás, eu gosto de distopias e tals, mas fica com medo dela ficar focando só no romance. Pretendo dá uma chance a história, mas não agora.

    bjs

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