23 de abr. de 2014

Resenha - Então, conheci minha irmã

Então, conheci minha irmã

Christine Hurley Deriso

Editora: Gutenberg
Ano de Publicação: 2014
Tradução: Cristina Calderini Tognelli
ISBN: 9788582351284
N° de páginas: 237
Comprar: Fnac
Nota: ♥♥♥♥ (4/5)

Sinopse: 
Summer Stetson não conheceu sua irmã. Sua mãe engravidou assim que Shannon morreu, aos 17 anos, em um terrível acidente de carro. Ao longo de sua vida, Summer acostumou-se a ouvir seus pais repetirem o quanto a irmã era perfeita, amada e boa filha, e por isso sempre acreditou que fosse uma decepção constante para a mãe controladora e o pai apático.
Em seu aniversário de 17 anos, recebe da tia um presente inusitado: o diário que Shannon escreveu até o dia de sua morte, e que foi guardado sem que os pais soubessem. Ao ler aquelas páginas com o intuito de saber mais sobre a irmã, acaba descobrindo alguns segredos, e a cada revelação, sobre a família e sobre si mesma, entende que a verdade pode ser, por vezes, dolorosa, mas nunca deixará de ser libertadora.
Com essa capa bonitinha e seu jeito meio de auto-ajuda - não é nem um pouco auto-ajuda, mas essa sinopse meio que dá a entender que seja - Então, conheci minha irmã conquista pelo simples motivo de não focar simplesmente no drama familiar. 

Summer sempre viveu a sombra da irmã Shannon. Apesar de nunca terem se conhecido, sua casa mais parece um hall da fama de sua irmã mais velha. Enquanto a parede destinada as honrarias concedidas à Summer - que diga-se de passagem, se resumem a prêmios de consolação e certificados de participação - as muitas paredes para Shannon são preenchidas por fotos, prêmios, medalhas e todo o resto. 

Porém, quando Summer completa 17 anos, atingindo assim a idade que Shannon tinha quando morreu, recebe como presente de sua tia, o diário que sua irmã mais velha escreveu no último verão de sua vida. Mas o que Summer encontra é bem diferente do que sempre imaginou que Shannon escreveria: em suas últimas férias, ela passou por um período um tanto quanto sombrio; se envolveu com o badboy e a menina mais, digamos, drogada da escola, e perdeu totalmente o rumo que sua vida tinha até então.

A medida que Summer lê o diário, percebe que toda a pressão que sua mãe super-controladora colocava sobre Shannon - e coloca agora sobre ela - foi o que desencadeou a mudança drástica de atitude de sua irmã. Mas as maiores descobertas que ali se encontram, não são sobre sua falecida irmã, mas sim sobre seus pais.

Antes do acidente, sua mãe frequentava um clube do livro, a igreja e fazia muitas atividades que hoje nem dá sinal de um dia ter gostado. Porém, a "novidade" mais significativa diz respeito ao seu pai. Por ser bastante calado e introspectivo nos dias atuais, Summer nem poderia imaginar o que ele fez de tão ruim para ameaçar a estrutura da família perfeita-Stetson.

Por não focar apenas no drama que a família de Summer sofreu - e sofre até hoje - com a morte de Shannon, Então, conheci minha irmã consegue fluir e ser até bem engraçadinho. Gibson, ou Gibs para os íntimos, é o melhor amigo de Summer e o personagem que faz toda a magia acontecer. Por ser todo nerd e atrapalhado, consegue fazer rir e dissipar o clima pesado que permeia a narrativa.

Mesmo não tento o final perfeito, até porque os personagens tiveram uma mudança de atitude muito abrupta nos últimos capítulos, a narrativa de Christine flui justamente pela presença de um personagem engraçado - Gibs - para contrabalancear o tema forte e dramático, que é o foco principal da narrativa. Pode ser lido tranquilamente em um dia, e sem dúvida não é um tempo mal aproveitado.

2 comentários:

  1. O final é triste ou feliz ? E a Summer como ela fica ?

    ResponderExcluir
  2. Ainda não terminei de ler o livro, estou exatamente na metade para ser expecífica, E até agora eu gostei bastante.
    Os livros que eu leio, tento levar uma mensagem para minha vida. Com este livro, no caso, penso na minha relação com a minha família, o que é bem presente no livro neste "inicio".
    Sempre busco tirar "uma lição" dos livros que leio, como se minha melhor amiga estivesse me contando, não como mais uma simples história.

    ResponderExcluir