Danny Wallace
Editora Novo Conceito
Sinopse: Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...
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Jason Priestley é um cara normal. Escreve para um jornal normal, tem amigos normais, enfim, leva uma vida normal.
Até que um dia, em um ato de gentileza despretensiosa, a garota que foi ajudada, esquece sua câmera descartável 35 mm com ele.
O que você faria com algo tão pessoal de uma pessoa que você nem conhece? Guarda? Joga fora? Fica para você e ponto final? Ou resolve devolver, mas não sabe como?
Jason tem decisões a tomar, e no meio disso, precisa se livrar da culpa e dos ciúmes que ainda sente por sua ex-namorada, Sarah, que está noiva, prestes a se casar.
Descubra o que ele faz com isso tudo que acontece em sua vida lendo Charlotte Street.
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Depois de tanto tempo sem fazer uma resenha para vocês, cá estou eu de novo. \o/ E me encontro em uma situação bem delicada, afinal de contas, tenho alguns sentimentos conflitantes a respeito de Charlotte Street.
Ok, tenho que admitir, se passa em uma das cidades que mais amo, Londres, e isso acrescenta pontos a favor do livro - logicamente. Porém ainda não consegui me decidir: gostei de algumas coisas, mas me incomodei com outras.
Começando com os pontos positivos: O narrador, Jason Priestley é cativante. Ele conseguiu me transmitir o que sentia no momento da narrativa. Quando estava triste, eu realmente me sentia triste, e precisava constantemente me lembrar que só estava me sentido mal pelo personagem - isso depois de revirar minha mente em busca de algum problema que me afligia. Isso é uma coisa boa, se sentir no lugar do personagem, faz a história ser mais crível, como se realmente pudesse acontecer comigo ou com qualquer um.
Além disso, o livro é recheado de humor. Por várias vezes, estava lendo, às duas da manhã e dando gargalhadas enquanto meus pais dormiam.
Mas, algumas coisa realmente me incomodaram. O fato de algum livro fazer uma ou duas referências às ruas ou pontos turísticos que são conhecidos não é incômodo, mas Charlotte Street faz menção à alguns - leia-se muitos - lugares, ruas, bares, pubs e outras coisas totalmente desconhecidas, o que dificulta na compreensão de espaço do livro. Você não sabe se o personagem demorou horas ou minutos para chegar em determinado lugar.
Infelizmente, faltou uma revisão mais cuidadosa de alguns detalhes que podem passar despercebidos por leituras menos atentas, como por exemplo "[...]esperar ele.". Ok, posso parecer chata, mas não aconteceu apenas uma vez. Por vários momentos me deparei com esse tipo de coisa. É bem desconfortável.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi o final. Não o que aconteceu, - afinal eu já esperava isso, o que tornou o livro um pouco previsível, também - mas sim, como aconteceu. O final é vago; não sei, tive a impressão que o autor só podia escrever um tanto de páginas pré-determinado, e como estava quase atingindo essa quantidade, cortou um pedaço do final e acrescentou uma espécie de notícia. Repito, não que não tenha gostado do que aconteceu, apenas me incomodei com o jeito que o autor apresentou o fato para o leitor.
Falando um pouquinho do nosso personagem principal, eu fiquei satisfeita com o rumo que sua vida tomou no final do livro. Jason Priestley, comete muitos erros, e com muitos eu quero dizer muiiitos mesmo, mas ele aprende, e consegue evoluir, ou como diria seu amigo Dev, subir de nível.
E por falar de Dev, eu realmente gostei desse personagem. Não sei ao certo o motivo, apenas gostei dele. É um personagem divertido.
"Às vezes, a vida não é mágica, você entende. Às vezes, a vida é comum. É uma passada em um chaveiro na hora corrida do almoço. É o estrondo luminoso e alto de um filamento rompido de uma lâmpada. É o seu vizinho vindo avisá-lo que você esqueceu as luzes do carro acesas.
Raramente é algo diferente. Talvez o olhar de uma garota na Charlotte Street, por exemplo. Quanto tempo para um olhar terminar? Por quanto tempo você pode se apoiar em um olhar?"Página 324.
No geral, Charlotte Street é o tipo livro que você lê em um ou dois dias - apesar de que eu demorei dois meses, mas isso é outra história - apenas por diversão, despretensiosamente e acaba encontrando uma lição que pode se aplicar no seu dia-a-dia.
Nota:

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