31 de mar. de 2014

Resenha - Poseidon

Poseidon

Anna Banks

Editora: Novo Conceito
Ano de Publicação: 2014
Tradução: Carolina Caires Coelho
ISBN: 9788581633152
N° de páginas: 285
Comprar: Extra
Nota: ♥♥♥♥(4/5)

Sinopse:
Além da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada. Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensação. 
Galen, príncipe dos Syrenas, vasculha a terra procurando uma garota especial, capaz de se comunicar com os peixes — e que poderá salvar seu reino. Quando ele se encontra com Emma, a conexão é imediata: embora não saiba, Emma parece ter o dom que Galen procura. Mas, então, por que ela não conseguiu salvar sua melhor amiga do ataque do tubarão? 
Cabe ao príncipe convencer a teimosa Emma a enfrentar sua real natureza e aceitar o desafio. E nada pode impedi-lo de alcançar seu objetivo.
Definitivamente eu sou muito fácil de se comprar. Afinal de contas, eu consigo adorar 90% dos livros que têm um bom toque de comédia e o cara da dupla de personagens principais, carismático. Essas duas coisas vão me conquistar logo de cara, e o resto do livro pode ser uma bela porcaria que eu vou dar pelo menos umas 3 estrelas. Mas, é claro que o livro precisa ter conteúdo para passar de 3,5 estrelas; e pela nota que dei para Poseidon já dá para ver que esse é um bom livro.

Me permito dizer que em si, as coisas que acontecem ao longo da narrativa são bastante previsíveis. Eu já sabia porque a Emma é do jeito que ela é - não dá para contar o quê exatamente sem dar um belo de um spoiler - desde o começo, só pela forma que a autora apresentou os fatos. Então, a última página de Poseidon não foi lá uma grande surpresa.

Mesmo sendo bem fácil adivinhar tudo que vai acontecer - sem precisar de bola de cristal ou sem ser a Mãe Diná - consegui acordar meus pais de tanto rir. Tanto Galen quando Emma são bem sarcásticos, e a falta de tato quando o assunto é o romance, torna o casal principal um show a parte, já que um tem uma impressão bem diferente do que o outro realmente é.

- Tudo que vi foi Toraf, o parceiro da minha irmã, meu melhor amigo, beijando a minha... minha...
- Sua o quê?
- Aluna. - Obsessão. [...]
- Pelo tridente de Tritão, Emma. Você gostou ou não?
- Você se lembra do S. Pinner, Galen? Da aula de História Mundial?
- O que isso tem a ver com o que aconteceu aqui?
- Amanhã é segunda-feira. Quando eu entrar na sala do Sr. Pinner, ele não vai me perguntar se eu gostei do beijo de Toraf. Na verdade, ele não vai nem se preocupar em saber o que eu fiz o fim de semana todo. Porque eu sou aluna dele. Assim como sou sua aluna, lembra?
Páginas 159 e 160
Ao mesmo tempo em que a tensão que rola entre os personagens principais - e eu não me refiro apenas ao Galen e a Emma, mas como a Rayna e o Grom, irmãos do Galen e Toraf, parceiro meio forçado da Rayna - é o foco principal da narrativa, foi um dos motivos porquê Poseidon perdeu uma estrela. Ao mesmo tempo que é uma tensão boa, vira mimimi e vice-versa.

O outro motivo foi que a autora tentou deixar implícito como funciona a hierarquia das casas de Poseidon e Tritão - alguém mais viu uma quase cópia de Percy Jackson aqui? - nas falas dos personagens, coisa que não funcionou em boa parte da narrativa. Uma leitura menos atenta faz com que o leitor não consiga compreender como isso funciona. Li resenhas por aí, em que o blogueiro teve que pegar um papel para anotar quem está em guerra com quem, quem ama quem e quem tem que acasalar com quem.

Prefiro não entrar em detalhes no que se refere as características, ao relacionamento e a própria hierarquia a qual me referi no parágrafo acima, afinal de contas, achei bem divertido entender aos poucos como essas coisas funcionam no livro, além de entender melhor a história dos Syrenas - que odeiam ser chamados de sereias, btw - em si.

Se você tirar a parte sobrenatural, Poseidon consegue ser um livro bem clichê pelo tema principal e se analisarmos cada um dos personagens separadamente. O conjunto da obra no entanto, tem lá os seus encantos, e consegue prender o leitor até o final - além de dar uma bela dor de barriga de tanto dar risada. ♥


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