A Maldição do Tigre
Colleen Houck
Ano de Publicação: 2011
Tradutor: Raquel Zampil
ISBN: 9788580410266
N° de páginas: 342
Comprar: Fnac/Livraria da Folha
Nota: ♥♥♥♥♥♥ (5/5 - favorito)
Sinopse:
Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
Se eu disser que A Maldição do Tigre é um livro extremamente frustrante não me entenda mal. A história é mágica. Os personagens perfeitos. A ambientação não poderia ser melhor. A tradução está ótima. A escrita da Colleen é envolvente. Mas todos esses elementos combinados não deixam de tornar o livro muito estressante a ponto de você dar socos no ar, começar a se morder e arrancas os cabelos. Mas afinal de contas, não é exatamente esse o propósito de ler? Sentir na pele os sentimentos dos personagens? Pois é! Então, se você pretende ler A Maldição do Tigre em breve prepare o coração.
Quando o livro foi lançado o alvoroço foi geral: todos queriam conhecer a história por trás dessa capa magnífica. Pipocavam em todos os cantos da blogosfera resenhas e mais resenhas - em sua maioria positivas - e foi aí que minha vontade de ler aumentou. Depois de um tempo esperando, eis que surge, finalmente, a possibilidade de ler e resenhar A Maldição do Tigre. E posso dizer, sem sombra de dúvida, que valeu a pena esperar. Todo o surto psicótico em torno do livro é fundamentado e a história superou as minhas expectativas em 200%.
Tudo começa com Kelsey a procura de um emprego, mas como é jovem e sem experiência, o máximo que consegue é um emprego temporário em um circo. Sua função é basicamente vender ingressos, ajudar na limpeza do picadeiro após o espetáculo e a cuidar do tigre branco do circo. Após algum tempo no trabalho, Kelsey começa a se afeiçoar ao tigre, chamado Ren. Todas as noites, vai até sua jaula para ler e conversar com ele. Mas qual é sua surpresa quando um dia encontra um senhor junto a jaula que se diz interessado em comprar Ren para levá-lo a uma reserva na Índia. E melhor ainda, Kelsey irá acompanhá-lo e ajudar em sua adaptação.
Depois de chegarem a Índia, ambos vão de carro até a reserva. Porém, quando o motorista para em um posto de gasolina em uma pequena cidade, ele abandona Kelsey e Ren no meio do nada. E o pior? Ren está fora da jaula e decide se embrenhar no meio da mata. Algum tempo depois de começarem a caminhar - depois, é claro, de Kelsey tomar a sensata decisão de seguir um tigre no meio do nada - eles chegam a uma cabana. E quando a garota resolve amarrar o tigre em uma árvore para procurar ajuda ali, eis que o lindo animal branco se transforma em um homem mais lindo ainda. ♥
Dessa forma, Kelsey descobre que na verdade, seu tigre é um príncipe indiano há muito aprisionado na forma de tigre - mais especificamente há 300 anos -, que só pode se tornar humano por 24 minutos a cada 24 horas. É aí que a aventura dos dois em busca de alguma forma de quebrar a maldição começa e também que o livro fica melhor ainda.
Em pouco mais de 340 páginas, Colleen consegue nos apresentar uma realidade muito diferente para a maioria dos leitores, contando a história de alguns deuses e sutilmente nos revelando a personalidade de todos os personagens, principalmente a de Ren. Como ele é humano apenas 24 minutos por dia, foi preciso um trabalho especial para que pudéssemos nos adaptar a sua presença, hora como homem, mas na maior parte do tempo como um tigre que mais parece um gatinho. :3
"- Você já... comeu um macaco?
Ren sorriu para mim.
- Bem um tigre precisa comer. [...]
Ele riu.
- Eu não comi nenhum macaco, Kells. Só estou brincando com você. Os macacos são repulsivos. Tem gosto de bola de tênis e cheiro de chulé. - Ele fez uma pausa. - Agora, um belo e suculento cervo, isso, sim, é delicioso."
Página 159.
A protagonista por sua vez, começa sendo mais do que ideal para Ren e se encaixa perfeitamente na história. Curiosa e atenta a tudo a sua volta, está sempre fazendo perguntas e se mostrando interessada pela cultura indiana. O problema é que, em se tratando de romance, a protagonista troca os pés pelas mãos, enfia o pé na jaca - ou na manga, 2bjs trocadilhos - e se embaralha toda, trazendo frustração e irritação ao leitor.
Mais do que recomendado! A narrativa flui e você nem sente o tempo e as páginas passarem. Com um final triste e bastante frustrante - me repetindo, mas me senti exatamente desse jeito após terminar a leitura - A Maldição do Tigre entra para a lista de favoritos com honra ao mérito.
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